sábado, 30 de abril de 2011

Mortal Kombat 9 - Entrevista com o produtor Hector Sanchez

A nova versão de um clássico dos games de luta chegou hoje ao mercado brasileiro quinta-feira (dia 28), apenas nove dias depois se seu lançamento nos Estados Unidos: Mortal Kombat, disponível para os consoles PlayStaion 3 e Xbox 360 ao preço de 199,90 reais.
O game mistura novas e velhas características, que devem satisfazer os aficionados do gênero pancadaria incessante. No primeiro grupo, podem ser listados novo enredo, recursos e linguagem, que afastam o item dos oito episódios anteriores, lançados a partir de 1992. "Essa versão é diferente de tudo o que fizemos antes, não se trata de uma continuação. Repensamos o jogo do início e desenvolvemos uma nova história e sua jogabilidade", afirma o americano Hector Sanchez, produtor do título. No outro campo, o das velhas características, o novo Mortal Kombat mantém – e até intensifica – o estilo gore (sangrento), que leva o jogo ser indicado apenas para maiores de 18 anos. "Definitivamente, ele apresenta os fatalities (golpes especiais tradicionais da série) mais sangrentos da história do jogo, principalmente por causa da tecnologia disponível", diz Sanchez.
Confira a seguir a entrevista com o produtor.

Afinal, o que o novo Mortal Kombat traz de diferente?
A grande novidade é que o jogo volta para o formato 2D, como na primeira versão. Também temos um material mais maduro e adulto. A jogabilidade ganhou um sistema muito mais adaptado à luta. Inserimos nesse jogo muitos recursos que nunca tínhamos usado antes.
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O jogo introduziu um novo personagem: Kratos, da série God of War. Por que ele foi o escolhido?

Desde o início do projeto pensamos em inserir um personagem convidado. E o Kratos era uma possibilidade, já que pertence a uma franquia da Sony, produtora do PlayStation 3. Kratos é brutal, violento e se encaixa perfeitamente no universo do Mortal Kombat. Além disso, sou um grandes fã de God of War.
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Qual é exatamente seu papel como produtor? Eu sou produtor do departamento de arte e do departamento de design.

Atuo como um gerente de projetos que trabalha diretamente em contato com a equipe de artistas, para ter certeza de que tudo está seguindo o cronograma. Toda semana faço um relatório sobre as tarefas agendadas e mostro o material produzido para o diretor de arte, Steve Beran, que analisa os produtos e sugere ou não mudanças. Faço o mesmo processo com a equipe de designers. Temos de ter certeza de que tudo foi testado.
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Quanto tempo foi gasto no desenvolvimento do projeto e quantas pessoas estiveram envolvidas nele?
Estamos trabalhando no projeto desde novembro de 2008. Ou seja: o game levou cerca de dois anos e meio para ser finalizado. O time de desenvolvimento é composto de, aproximadamente, cem pessoas.
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Como você entrou no mercado de games?

No passado, atuei nas Forças Aéreas dos Estados Unidos (Air Force) por seis anos. Então, voltei para Chicago, onde trabalhei como professor. Tempos depois, um amigo que trabalhava na Midway (estúdio do Mortal Kombat) me disse que havia vagas abertas para beta testers. Acabei desistindo da carreira de professor e me dediquei aos games. Comecei a trabalhar com a franquia há cinco anos. Trabalhei na promoção do jogo, me tornei produtor assistente durante o desenvolvimento de Mortal Kombat vs DC Universe e depois fui promovido a produtor.

Você se incomoda com as eternas comparações entre Mortal Kombat e Street Fighter?

É engraçado: adoro o Street Fighter. Sou um grande fã da série. Já encontramos muitos dos envolvidos no desenvolvimento dos jogos Street Fighter e não há qualquer competição entre nós. Talvez, essa suposta competição ocorra mais entre os fãs. Ambos são apenas jogos de luta. Quem sabe um dia não veremos um Street Fighter Vs. Mortal Kombat. Todo mundo gostaria de jogar (risos).
Quantas copias de Mortal Kombat já foram vendidas desde sua criação?

Essa é uma pergunta difícil de responder. A última vez em que vi números a respeito, as vendas estavam em torno de 28 milhões de unidade. Mas é difícil precisar, pois o jogo foi lançado para muitas plataformas, como Super Nintendo, Genesis e PlayStation 2.Leia matéria na integra no site da Veja.

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